O ano passado me foi delicioso. Descobri que gosto de escrever. Como é que pode isso? Descobrir algo que já se sabia? Sim, porque quando pequena eu já gostava muito de escrever. Era uma criança daquelas que escrevia em blog com cadeado, mas sempre perdia o cadeado e largava o diário pela casa. Acho que eu já queria ser lida.
Depois, eu ensaiei poesias. Escrevia sobre o que era deixar de ser menina e passar a ser mulher, na pré-adolescência. Falava até de uma tal sensualidade, coisa que eu nem sabia o que era. E provavelmente ainda hoje não o saiba.
Quando estava no terceiro ano do ensino médio o professor de redação usava as coisas que eu escrevia para mostrar para a sala exemplos de redação bem-feitas. Eu, envergonhada, pedia que ele não revelasse que era eu quem escrevia. Esse professor me disse que seria um desperdício se eu não fizesse faculdade de jornalismo, mas eu já estava decidida a fazer outro curso, não sei bem por que. (Ou talvez saiba, mas não cabe falar disso agora)
Aí, agora, depois de 3 anos de formada, começo a pensar que podia até ter feito outra faculdade. Oras, onde estava em nesses últimos 10 anos (somando ensino médio, faculdade e tempo de formada), que me esqueci que gosto de escrever?
Acho que pra escrever a gente tem que achar as coisas que pensa interessantes. Pois, se penso só bobeira, por que é que vou escrevê-las? E olha que eu sou bem crítica com as minhas coisas. Com as que penso e com as que escrevo. Eu devia estar distraída com alguma coisa muito importante, que eu já não me lembro o que é, para ter me esquecido dos meus pensamentos. Lembrei que eles existem só depois de centenas de sessões de análise. Eu disse centenas, e não é metáfora. Eu passei a ouvir as coisas que penso, e aí fiquei com vontade de dividir isso com as pessoas. É isso o que eu proponho fazer aqui: dividir pensamentos.
9 comentários:
Use e abuse do seu espaço, Alicia!
Estamos sedentos de boas histórias.
OLÁ ALICIA.
serei seu seguidor.
Você não promete, já é uma realidade!
Agora, antes de gostar de escrever -e quem escreve sabe disso-nós gostamos,Aline é de dividir, trocar, compartilhar, sermos nós nos outros.
Não tem graça nenhuma, escrever "pra botar pra fora" se ninguém foi cumplice deste seu momento de libertação,nem que seja você mesma.
Não fez-se a catarses.
Escrever é mum processo catártico,
tem algo de purificação e purgação, o alcançar a liberdade, vencendo uma situação opressora.
Por esta razão, quem escreve, precisa de testemunhas, de defeza ou de acusação, não importa, pois é apresença de terceiro que beatifica, nosso desejo de liberdade.
E ninguém é livre , consigo mesmo, enclausurado na sua impotente
incapacidade de tornar-se divisível, e portanto,cósmico!
Eu me liberto, através do humor, e se quiser visitar-m ficaria honrado.
A crônica desta semana é:
"Ah, mulheres de saia"
Um abração carioca.
Olá, Alícia!
Você escreve bem. Não importa que isso ficou adormecido por algum tempo, não altera em nada a intensidade de sua vocação para escrita. O importante é que despertou para esse gosto novamente e pode surpreender com esse talento. Compartilhamos juntas dessa brincadeira gostosa que é escrever.
Um beijo!
;-)
Escrever é um das escolhas mais deliciosas - e perigosas - da vida.
abraços!
Escrever é simplesmente perfeito. Dê continuidade a isso.
Tô te mandando um selo, olha aqui http://encafifar.blogspot.com/2011/01/selo-i.html
Alícia,
Que interessante esse novo projeto! Se antes sua verve - não gosto muito dessa palavra, acho-a feia - literária já era impressionante, aguardo ansioso o que nos espera neste novo espaço.
Então escreva, Alicia.
Oi Alicia,
Muito obrigada pelo recado no meu cantinho viu?
Seja bem Vinda nesse mundo blogueiro, não importa o tempo que levou para se dar conta do quanto gosta de escrever, o importante é que esse momento chegou. Não pare mais.
Beijos!
Bem-vinda, de volta, ao clube! =]
Agradeço a visita e o comentário por lá.
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