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domingo, 14 de abril de 2013

Das coisas que só sei que existem porque são doídas.

Meu corpo é tecido de dias e bordado de noites.
Meus quereres são invernos disfarçados de verão.
Meus ouvidos pedem silêncio, meus olhos flertam com o escuro.
E fico achando que sou moça alegre.

O riso é meu disfarce.
A tranquilidade é minha roupa.
A resignação é meu acessório.
A paz é minha maquiagem.

Mas não me tire o riso,
não me tire o amor,
não me tire a maquiagem e nem a fome.
De vez em quando apenas me chame pelo nome.

Não posso esquecer de lembrar que não sei quem sou.