Tenho escrito muito, porém em caderninhos e em blocos de notas no celular.
Tá, eu não tenho escrito muito, mas tenho escrito um pouco e não postado.
Não sei por que, mas arrisco a dizer que aqui não posto o que é verdadeiramente meu, posto só o que é meu, mas não muito. O que é demasiadamente meu nem eu posso ver direito. Escrevo e abandono.
Devem ser tentativas de abandonar pedaços de mim.
Na internet não é possível abandonar a si mesmo. Uma vez escrito, para sempre escrito.
É engraçado isso, porque sempre pensei que eu escrevia para não perder pedaços de mim. Pois hoje acredito que eu escrevo pra perder pedaços de mim e publico por amor aos pedaços de mim.
Só sei que é bom quando me leem. É muito bom ter sinais de que não enlouqueço sozinha com as palavras. Mas mesmo quando me dizem que se identificam com meus escritos, secretamente, eu não acredito. Acho que é sempre outra coisa que leram. E é. Assim como quando eu leio e me identifico com outros escritos é sempre outra coisa que eu leio.
Queria um pedaço de comunicação plena. Algo que não precisasse de palavras. Queria uma telepatia.
Com quem? Comigo mesma.
5 comentários:
Talvez aí nessa tua cabecinha tu possa confundir tudo, até a mais simples das palavras, mas saiba que eu siga adorando te ler.
Dá até pra dizer "te leio", em forma de amor pra ti. <3
Poesia é terapia e se reserva ao acordo doutor paciente. A folha em branco parece entender nosso vazio e então nos preenchemos.
É, telepatia...
Telepatia pode ser bem perigoso, se não tiver filtros. Há pedaços de nós que convém serem deixados de lado. Eu já fui e voltei. Ser pleno tem gosto de loucura.
Ahhh, sempre com palavras belas! Amo aqui! :)
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