Não importa pra onde eu vá, com quem eu divida a existência, o que eu viva...de um modo ou de outro
eu sempre retorno à minha solidão
à minha triste solidão
à solidão que é minha
nada me faz sentir que eu sou tão eu quanto a minha própria solidão.
Nada me faz sentir tão próxima de mim quanto estar comigo mesma
há um hiato entre quem sou e quem penso ser
eu moro nesse hiato
É aí que tenho notícias de mim
Posso ir pra Miami, Cancun, Paris, Antártida
posso nunca usar droga alguma
posso beirar a overdose de tanta droga
e sempre que pergunto a mim quem eu sou
encontro comigo mesma
e isso nunca é apaziguante
Eu sou o que sobrou de mim
isso não é legal
mas eu não queria que fosse de outro jeito.
6 comentários:
Amei! Tão eu tbbb...
Gente, adorei aqui!
Nós, ilustres autores desconhecidos temos que nos apoiar, divulgar mais nossa arte hahahha...
Gostei bastante de sua escrita, estou seguindo!
inté mais :)
Ellen F.
www.faroestemanolo.com.br
:*
Há uma solidão que nos alimenta e eu acredito que a tua seja essa...só assim se pode escrever palavras tão bonitas...Beijo
Graça
Interessante...
Instigante.
Amei muito profundo. ..mas poesia tem q ser assim...tem q sangrar a alma...tem q sair de si mergulhar no desconhecido e voltar de u.a terra distante e abrir os olhos aos poucos e se encontrar em cada palavra.
Postar um comentário