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sexta-feira, 21 de março de 2014

Quando eu não me sou é que eu mais me sou

Não importa pra onde eu vá, com quem eu divida a existência, o que eu viva...de um modo ou de outro
eu sempre retorno à minha solidão
à minha triste solidão
à solidão que é minha
nada me faz sentir que eu sou tão eu quanto a minha própria solidão.

Nada me faz sentir tão próxima de mim quanto estar comigo mesma
há um hiato entre quem sou e quem penso ser
eu moro nesse hiato
É aí que tenho notícias de mim

Posso ir pra Miami, Cancun, Paris, Antártida
posso nunca usar droga alguma
posso beirar a overdose de tanta droga

e sempre que pergunto a mim quem eu sou
encontro comigo mesma
e isso nunca é apaziguante

Eu sou o que sobrou de mim
isso não é legal
mas eu não queria que fosse de outro jeito.

6 comentários:

Kívia disse...

Amei! Tão eu tbbb...

1 disse...

Gente, adorei aqui!

Nós, ilustres autores desconhecidos temos que nos apoiar, divulgar mais nossa arte hahahha...

Gostei bastante de sua escrita, estou seguindo!

inté mais :)

Ellen F.

www.faroestemanolo.com.br

:*

Graça Pereira disse...

Há uma solidão que nos alimenta e eu acredito que a tua seja essa...só assim se pode escrever palavras tão bonitas...Beijo
Graça

Nicole disse...

Interessante...

Naiane Julie disse...

Instigante.

Eliane Marques ( Lika Pereira) disse...

Amei muito profundo. ..mas poesia tem q ser assim...tem q sangrar a alma...tem q sair de si mergulhar no desconhecido e voltar de u.a terra distante e abrir os olhos aos poucos e se encontrar em cada palavra.