Páginas

domingo, 5 de agosto de 2012

Minhas mulherzices

Já não sei mais se escrevo pra você, meu amor, se escrevo pra mim, ou se escrevo pra essa gente louca e linda que vem aqui ler as minhas bizarrices amorosas e se identificam.
Essa história de escrevo pra isso ou escrevo pra aquilo, já orkutizou, né? Ficar dizendo que eu te amo de mil jeitos diferentes também já encheu o saco, né?
Mas é claaaaaro... que não.
Sou mulherzinha, e dessas que não se cansa de dizer a mesma coisa de um milhão de jeitos diferentes. Acho que dizer "eu te amo" é sempre novo. Posso dizer que te amo em arial, ou em times new roman, ou em português, ou em croata, depois de comer macarrão ou enquanto como chocolate, e cada vez a minha declaração terá um gostinho diferente.
Não precisa se dar ao trabalho de me explicar amorosamente que você discorda de mim. Eu já sei bem que você funciona de uma forma muito diferente da minha. Mas essas pessoas que passam aqui no blog, sabem bem o que eu quero dizer com isso. Também são obsessivas com o amor, e com as formas de amar, e com essas coisas que as palavras não dizem.
É estranho, eu me sinto acolhida por esses olhos estranhos, que leem as minhas palavras. (Sim, os seus olhos, gentes que eu não conheço!) Me sinto mais confortável amando loucamente 9amar loucamente é pleonasmo?), desde que vocês começaram a vir aqui me dizer que também sofrem disso, e que às vezes gostam de não sofrer disso que poderia ser um sofrimento. São vocês que dizem isso ou sou eu que estou dizendo? Tá dando pra entender? Vocês estão me acompanhando, ou tô aqui falando sozinha?
Tenho essa mania de me confundir com os outros. Leio um trecho de um livro e entendo coisas que o autor não disse. Leio os comentários de vocês e degluto palavras que eu mesma digo para mim, como se elas tivesse vindo de fora. Por isso que não sei mais para quem eu escrevo. E também acho que isso não importa. Mas deveria importar. Eu sempre acho que as coisas não importam, e elas não me importam mesmo, mas eu deveria me importar mais com as coisas. Ai, que preguiça de me importar com as coisas. Meu amor, sou tão besta...satisfaço-me com um beijo quente seu. (por 1 segundo)

12 comentários:

Juuuh disse...

Não somente saboreio essas pala
vras.Mas sinto-as,toco-as.Também não sei se me fiz intender.
Mas,não importa.
É lindo se deixar levar pelas palavras,se permitir exteriorizar o que se passa do seu lado de dentro.Onde ninguém pode entrar,a não ser que você permita.
Tendo em vista,que és trancado por dentro'.
Escancarar o coração é para os fortes,ainda que por palavras 'diferentes' ou por um texto simples.
Obrigada por se permitir.
Por escancarar.
Por dividir.
Por mostrar 'sua fraqueza' no sentir,de uma maneira forte,simples e linda.
"Salvou o domingo mais uma vez" ;)

Fabiana disse...

O que eu acho mais fascinante em escrever, é essa infinidade de possibilidades, inclusive até se apropriar da interpretação de quem lê!

Mais um texto muito bom! =)

Charlotte disse...

Novo link :D

www.thesweetmadness.blogspot.com.br

beijooo


p.s: adorei o texto

Danelize Gomes disse...

Certo que as tuas palavras são muito importantes para mim, tanto que o meu celular avisa quando há uma atualização no teu blog.
Aprendi a amar o teu user @nao_toda e esse blog como todo o meu coração e, às vezes, nem sei porquê, só sei que me faz bem. Também me faz bem te fazer bem, te lendo.
Por mais que tu não saiba mais para quem escreve, não pare. Nem mesmo se tu deixar de falar de amor e começar a falar da poeira que pode vir a cair no teu olho e uma lágrima escorrer.
Tudo o que tu escreve se torna belo.
Obrigada por escrever, por compartilhar o teu interior conosco, Alicia. <3

Anônimo disse...

Penso que, se você ama, de verdade, não importa o resto. O importante, de fato , é saber se o amor de verdade vem de dentro ou vem de uma necessidade de preenchimento. Se vier de dntro, você é feliz. Não precisa mais nada. Apenas se sentir amando deve bastar. A gente fica aqui em baixo, salivando , salivando, porque parece que a nossa vida é uma superfície marciana com tantos milhares de anos que a gente já se tornou indiferente às coisas em torno, aos ares em torno, às nuvens e chuvas e até à água suja das enchentes . Portanto, saiba, você está acima de nós . E isso já basta.

Adriana disse...

Como faz para igual a leitora acima, meu cel me avisar das atualizaçao do teu blog?
Tambem querooo

YnaButterfly disse...

Eu gostei muito.
Me lembrou um pouco uma música:

Clarice Falcão: 'Monomania'

''Já te fiz muita canção
São quatro, ou cinco, ou seis, ou mais
Eu sei demais
Que tá demais

Eu chego com um violão
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
E eu vou cantando atrás

Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é''

O clipe é fofo, mas já deve ter visto.

Minha primeira vez aqui. Voltarei outras para ler textos antigos. Gosto muito da sua @ (stalkeei esses dias).

Um beijo linda.

Ferr disse...

Calma, você não está falando sozinha. Estou aqui tentando compreender tuas mulherzices. Será que tenho semelhantes? Sei lá, só sei que é prazeroso viajar por teus dizeres e divertido também.
Que bom que estamos próximas por meio do olhar "desconhecido", ofuscado pelos limites da tela do computador. O que os olhos leem o coração sente. É uma linha tênue entre o que se lê e o que a palavra provoca em nós.

Nina disse...

Quando comecei o blog, ele só tratava do menino do colégio que eu gostava, e de como nosso amor era impossível por ene motivos da adolescência.
Orkutizou mesmo.
Eu continuo com muitas das mulherzices de antes, mas agora casei (não com o garoto da escola, não mesmo) e me sinto tal apaixonada que preciso segurar isso, para que não vire a principal temática lá do blog.
Mas eu gosto muito de ler esse amor compartilhado. Porque vale à pena gritar o nome de quem a gente ama.
Abraços.

Unknown disse...

Muito interessante sua abordagem. Só faltou o tanto de "amo vc" que as amigas escrevem por mensagens...

um beijo

Sabrina Andrade disse...

E a gente acaba se apaixonando por sua maneira de amar.

Alicia disse...

Adriana, não sei! Como faz, Danelize?