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domingo, 9 de setembro de 2012

Deixa eu te matar só um pouquinho?




Oscilo entre querer entrar no seu corpo e desejar a sua morte.
Querer entrar no seu corpo, sim, porque parece que na sua pele tudo é mais gostoso. Você come aquele rolinho primavera com molho agridoce com tanta vontade, que eu, que odeio aquele treco, não canso de experimentar, porque na sua língua aquilo parece tão bom....aliás, tudo o que você come parece delicioso, não foi à toa que aprendi a gostar de tantas coisas que antes eu enchia a boca pra dizer que não gostava, com você. Seu sono parece sempre mais gostoso que o meu, eu chego a descansar enquanto te olho dormir, inspirar e expirar, inspirar e expirar...como se fosse minha responsabilidade cuidar do seu sono e garantir que tenha um bom descanso em vida.
Desejar a sua morte, sim, porque acho que só se você morresse pra eu me ver livre do amor que tenho por você. Não se assuste, bebê, você sabe que eu jamais te mataria, sabe que isso aqui tudo é metafórico (NÃO SABE? Pergunto eu, te arregalando os olhos com um sorriso esquisito só pra brincar de te assustar) Enfim. Tenho uma vontadezinha de te roubar a vida, de saber se eu poderia sobreviver sem você, de comer um pedacinho da sua carne, ver se o seu sangue me entorpeceria, saber se a sua pele deixaria a minha mais macia. Nham.
E na verdade tudo isso é mentira, ao mesmo tempo em que é verdade. Eu sei que eu sobreviveria sem você, e sei que se eu tirasse sangue seu jamais me perdoaria. Sei disso tudo, mas é tão bom querer...me deixa enlouquecer aqui, quietinha, com o amor que tenho por ti. 

3 comentários:

Danelize Gomes disse...

Nhac, nhac. :3
Contigo, no teu blog, tudo parece ser amor, tudo parece ser bonitinho, só parece, né? Sinto estar enlouquecendo, dia pós dias, aaah. Não sei o que fazer, mas continuando amando teus textos, me dão paz.

Ayanne Sobral disse...

Leitura feita em ritmo cardíaco.
Terminei o texto com as mãos geladas, porque senti, vivi e morri em cada uma das tuas palavras. Foi real. É real, meu observar, minha exaltação, minha cara de embasbacada por achar isso tudo incoerente de tão certo.

De onde vem essa coisa de escolher as palavras exatas para maclarem sentidos absurdos?
Não sei. Talvez eu nem queira mesmo saber, só queira agradecer por ser assim. Agradecer por ler você, assim.

(E quer saber o que eu mais gosto? Tu é louca. Muito louca. Toda minha admiração, você tem).

@drika_sipriano disse...

Alicia,lendo este texto teu todo cheio de metaforas e subsignificados....recordei-me, desta poesia,que partilho contigo:

"...Teu olhar feito canção que faz dançar minha essência
Retornando ao passado das enigmáticas reminiscências...
E tu?...Também sentes no meu olhar 
a mesma melodia das palavras caladas?

Sentes em nosso silencio, nossos eternos carinhos bordados de poesia...?
E, procura-me no infinito do teu sentir...
onde sempre morei, mesmo sem te aperceberes...
No...
meu universo de porcelana onde só tu habitas...?

Sabes? 
Mesmo sem poder beijar a tua presença,
Beijarei a suavidade e a beleza da tua alma...
Com o olhar puro da minha essência, 
bálsamo perfeito das dores de sua ausência..."