Acho que sou toda senhora de mim, toda moderna e dona do meu nariz, e então, quando me dou conta, mais pareço uma mulherzinha do século XV gostando das coisas que você gosta, emitindo opiniões políticas e sociais que talvez eu jamais pensasse, se não tivesse conhecido você.
Mulheres, podem ficar bravas comigo. Não sou um exemplo a ser seguido.
Feministas, podem me jogar na fogueira, não acho que isso de me perder no desejo do meu amado seja um problema.
Não queimei sutiãs, e tenho minhas dúvidas se faria isso.
Sim, eu trabalho, ganho dinheiro e não abriria mão disso por nada nesse mundo.
Mas eu também não consigo supor como seria, caso as coisas fossem diferentes, porque não são.
Quanto mais cheia de mim eu penso ser, mais me descubro completamente à mercê do seu desejo.
Eu, que quanto mais te tenho, quanto mais eu acho que sei de mim, com mais intensidade me flagro sabendo cada vez menos quem sou eu.
Minha alma sabe muito bem o que quer - mas o que ela quer, é se perder na sua....
E nessa, eu só me fodo, se a gente pensar como livro de autoajuda. Um ser tem que ser completo sozinho, a gente não se completa no outro. Você tem que primeiro ser feliz sozinho pra depois amar alguém. É preciso, acima de tudo, amar a si mesmo e blábláblá......ECA!
E nessa, eu adoro me foder. Porque é quando eu me perco em você que a minha existência descansa.
Eu sei que se um dia eu não mais te tiver, sobreviverei. E isso basta de afagos ao meu ego.
Que o mundo se foda, que se explodam as feministas, que morram os escritores de autoajuda....eu amo você. E isso é tudo. E isso é muito. Mesmo que de vez em quando, eu suma. Adoro sumir.