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terça-feira, 28 de maio de 2013

Cacos de chocolate com batatas

Palavras são cacos de vidro. Não posso engolir. Posso, mas me machuco. Posso me machucar, mas não quero.
Palavras são cacos de vidro. Não quero engolir. Prefiro cuspi-las em você.


Palavras são de chocolate  Não posso engolir. Posso, mas acabariam muito rápido. Por que acabar logo, se posso derretê-las na boca.
Palavras são tabletes de chocolate. Não quero engolir. Prefiro que se aqueçam até derreter em minha boca.

Portanto, se quiseres dizer-me palavras-cacos-de-vidro, prepare-se para ter a sua alma arranhada por elas.

Portanto, se quiseres dizer-me palavras-tabletes-de-chocolate, dá-me direto na boca.

Cheguei a um ponto da vida em que prefiro beijos a palavras. DR's não nos levam a lugar nenhum, exceto onde já estivemos.

(Cheguei a um ponto da vida onde não me importo em postar textos ruins.)

Me deixa existir na minha dor,
minha incompletude sangra.
Eu adoro sangue, desde a cor até o gosto.
É agridoce.
Gosto de sangue desde criança.
Qual criança não gosta?
Crianças-vampiros.
Adultos-vampiros.
Vampiros-vampiros.
Tu piras. Eu piro.
Purê de batatas.
Pirei.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Hello, stranger!


Me sinto estranha quando me estranho. Me sinto normal quando me sinto estranha. Isso é estranho. Mas já me acostumei a ser estranha, o que faz com que me sentir assim seja normal. Às vezes me lembro que me sinto estranha, então me amo, porque eu não gosto de ser gente normal, podre como a maioria. Gosto de ser podre do meu jeito. Mas isso é mentira, porque eu nem me sinto podre. Me sinto é bem limpinha por dentro. Acho que me acostumei a olhar pras minhas obscuridades, e elas já não me assustam mais. Minhas belezas não são mais belas, minhas podridões não são mais podres. Nada do que eu era continuo sendo, mas mesmo assim não deixei de me ser. Me gosto mais agora do que me gostava há 5 minutos. Ando numa paz escandalosa, isso tem começado a me assustar. É como se a vida estivesse prestes a puxar o meu tapete, e eu estivesse dançando em cima dele me esforçando pra fingir que não percebo. Não quero pisar no chão, o tapete é voador. Não quero mais falar disso. Senão a vida percebe que eu to percebendo ela me olhar, e puxa o tapete só de sacanagem.